Esse é o tipo de pergunta que só nos deparamos quando já há a percepção da necessidade de um implante, geralmente em crianças ou adolescentes, e esse tipo de dúvida é menos incomum do que se pensa. Muitas crianças se expõem a brincadeiras intensas que podem levar a traumas dentários, outras chegam a perder os dentes ainda na infância devido a problemas com cáries ou congênitos. Nessas circunstâncias, um implante seria indicado para resolver o incômodo, caso se tratasse de um adulto, e é em situações assim que a dúvida sobre idade mínima aparece.
A verdade é que essa pergunta não possui uma resposta padrão, pois o implante, que é um pino, feito de titânio, na maioria das vezes, e serve como base para substituir a raiz e dar suporte para a prótese dentária, só pode ser colocado quando toda a formação óssea da criança estiver completa, e esse é um fator que varia de acordo com cada paciente.
Cabe ao dentista analisar a arcada e a idade da criança para orientar se a fixação de um implante dentário é realmente necessária ou não.
Qual o problema de colocar um implante antes no tempo?
No caso de crianças que ainda não tiverem seu desenvolvimento ósseo concluído, o implante pode alterar o desenvolvimento normal do osso maxilar. Além disso, o osso que receberá a base para o implante, muitas vezes, ainda não adquiriu a forma e a resistência necessárias para a realização desse procedimento, comprometendo a fixação e permitindo que o implante sofra modificações quanto à sua posição devido ao desenvolvimento ósseo da criança. Por isso, a recomendação é esperar até que a fase de crescimento esteja completamente finalizada.
Há alguma solução alternativa para o implante no caso de crianças e adolescentes?
Prevenir é sempre a melhor solução. É importante que as crianças mantenham hábitos de higiene bucal e evitem se expor a situações de risco que possam causar fraturas ou traumas nos dentes. Se a criança ou o adolescente vier a ter perca de um de seus dentes, o dentista deverá avaliar o caso e realizar exames específicos para acompanhar a situação clínica do paciente.